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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Conclusões

Dia 1
E fritamos.
Passamos horas, dias, meses a fritar.
Sentámo-nos no café do costume um ano depois. tinhamos de fritar. porque é o que fazemos sempre.
Eu estava nervosa porque iria ter um encontro, naquele mesmo sitio, dentro de uma hora, e ela disse-me "sinto que vai alguma coisa na minha vida que vai ser mesmo WOW. que vai mudar muita coisa..."
Mas continuámos a falar. Não pensámos mais no que ela disse e continuámos com as nossas conversas de fritanço. Porque evocamos memórias de um passado que permanece presente de alguma forma.
Duas teimosas que não querem esquecer o que há muito devia estar ido embora.


Dia 3
Sentadas, no carro, a olhar para o mar e a fumar 300 cigarros concluimos que "perdemos tempo a pensar no que não devemos. A reclamar de tudo e todos. Este mar é lindo, este sol inspira. O cheiro do mar... Estas pequenas coisas da vida são as que valem a pena! E estamos aqui a fumar os nossos tão adorados cigarros. A vida é curta de mais para os nossos fritanços de pessoas que não merecem. É um abrir de olhos. É ver a vida de outra maneira..."


Dia 2
À noite, ela liga-me a chorar. Suspeitas que confirmaria no dia aseguir de manhã. Pensamentos de "calma, vais ver que não é nada disso! Pode ser alguma coisa alguma coisa super simples e já estamos a pensar no pior." Pensamentos de que só acontece aos outros. Cliché.


No dia seguinte, a consulta revelou e confirmou as suspeitas.



E fritámos.
Sempre fritámos por pessoas que não nos valorizam, que nem se importam connosco, com o que sentimos. Pessoas que se estão a foder se estás bem ou estás na merda.
Mas tu continuas a dar importância a essas pessoas.

E depois... ?
Depois percebes que tanto fritaste por essas pessoas e que estiveste mal por elas e de repente sabes que a tua amiga, que se preocupa verdadeiramente contigo, que gosta de ti e cuida de ti quando estas mal e diverte-se contigo quando estás bem, está doente.
E pela primeira vez na tua vida, fritas por alguém que merece o teu fritanço, o teu sofrimento.
São estas pessoas por quem devias ter fritado antes e não por pessoas passageiras que entram na tua vida, mas que apenas permanecem nela por instantes.

Chavala, estou aqui para o que der e vier. Porque, como já te disse, sinto isto quase como se fosse comigo! Para o bem e para o mal vou estar presente. Vou estar ao teu lado, a dar-te a mão e, se tiveres medo, vou-te fazer rir como se tivesses ouvido a anedota mais divertida do mundo. E quando isso não for suficiente e não controlares as lágrimas, dou-te um abraço e choro contigo. Porque este é o meu papel de amiga, de irmã. Um papel que cumpro com muito gosto!

A vida são dois dias e um passámos a fritá-lo por pessoas que não merecem. Agora isso acabou.




Ly, best.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Eu quero e eu não quero

É normal?
É normal queremos uma coisa durante tanto tempo e, quando finalmente temos oportunidade de a termos, não sabermos se, de facto queríamos assim tanto?

Depois de alguns precalços, finalmente conheci alguém que quer o mesmo que eu.
"Estabilizar, estar bem, dar apoio e carinho." Alguem com quem posso contar.
Mas...
Não deveria sentir mais do que simplesmente empatia, algum carinho claro, e uma sensação agradável quando me dá esse carinho? Não deveria querer estar sempre com ele, contar as horas que faltam para o ver ou sentir que se alguma coisa não correr bem, eu tenho alguem que faz com que tudo o que é desagradável desapareça?

E não o sinto.

Sinto que o que me faz alegrar é pensar na minha passagem de ano no algarve, sem ele. Sem o ver uma semana. Ou mais.
Sinto que o passado continua presente e não se apaga. Mesmo com este alguém novo, supostamente especial.

Quero querer, mas não o quero.
Quero o que quero, mas não com ele.
E quero esquecer o passado e ele nao me faz fazê-lo.

Pela primeira vez, alguém gosta mais de mim, do que aquilo que pareço (não) retibuir...
E não acho que goste disso...

N Ã O   S E I   O   Q U E   F A Z E R
(para não variar um bocadinho...)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nem contigo, nem sem ti

Irritava-me ele não me dizer nada ou só dizer às tantas.
Ficava triste por ser sempre a última coisa do dia dele.
Magoava-me quando ele não me dizia nada.
Queria algo sério com ele... mas ele não.

Não posso estar mais contigo.
(Não quero andar assim, triste)

Mas parece que sem ti estou ainda mais.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

#5

Está escuro e não vejo nada.
Um cinzento-negro apoderou-se da minha mente e não me deixa pensar com clareza. Não me deixa sequer querer fazê-lo.  Lá fora,a chuva cai e não ajuda em nada. Evoco "o passado", que nada me fez bem. E penso se o presente será melhor para mim. Não consigo perceber, não consigo uma resposta clara que bem me fazia falta neste preciso momento. Sinto em mim uma exigência daquilo que não tenho mas queria ter. Daquilo que queria que fosse mas não é. E depois, penso que o que tenho, talvez nunca poderá dar-me o que quero. E os pensamentos vão fluindo, com a tonalidade cinzenta que se encontra na minha mente. "O que eu tenho agora..." e apercebo-me que nem sei se tenho esse algo que penso ter. Porque nem sei o que é. E surge o momento em que me deparo com a necessidade de ter uma conversa - situar-me, compreender o que se passa e tomar decisões.
Há alturas em que urge a necessidade de evoluir. E em determinadas situações ou essa necessidade é preenchida, ou a situação não faz mais sentido.
E volto outra vez ao passado, sentido uma espécie de nostálgia. Amarga, mas ainda assim, nostalgia. Comparo-a com um presente que aparenta ser monótomo e a cair numa rotina que não agrada, que não se vê capaz de colmatar a fissura que deixa entrar o cinzento-negro na minha mente.
Eu sei o que quero, mas sinto que não consigo alcançar esse patamar. O presente (não sendo mau, mas também não sendo o totalmente desejado) emerge como um presságio para um futuro, que de futuro pouco tem, pois penso que as coisas iriam permanecer iguais. Mas e se mudar o presente e cortar o pouco que tenho ou penso ter, como, com a monotomia da vida, iria abrir portas para um futuro diferente e a decorrer como desejado?
Parece que não há sentido aqui, "Onde estou".
Acho que tenho que por "mãos-à-obra" e pintar a mente de outras cores...